Estética íntima: as principais causas de mudanças na vulva

Estética íntima: as principais causas de mudanças na vulva

Apesar dos avanços nos procedimentos, algumas alterações na região não podem ser evitadas; entenda

A preocupação estética é quase um fator comum entre as mulheres, entretanto, isso não se limita ao rosto ou gorduras localizadas, por exemplo. Nos últimos anos, a estética íntima ganhou destaque no Brasil, resultando em 25 mil intervenções cirúrgicas só em 2016, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). O índice, que faz do país recordista mundial no procedimento de ninfoplastia, destaca o incômodo com a anatomia natural da vulva — por isso, é importante compreendê-la.

Segundo a sexóloga e terapeuta Andreia Paro, a ideia de um padrão de beleza íntima tende a ser resultado da pornografia mainstream. Afinal, a vulva, como quaisquer outras partes do corpo, possui características próprias em cada mulher. Além disso, alguns fatores podem influenciar na mudança estética da região ao longo dos anos.

Principais causas de alterações estéticas na vulva

Raquel Moro, ginecologista com atuação em estética íntima na Human Clinic, em São Paulo, explica que o envelhecimento é uma das principais causas de alterações na vulva. Entre as mudanças oriundas da idade, ela destaca: alterações na pele, nos pelos e na mucosa da região, caracterizadas por “flacidez, escurecimento, surgimento de pintas, frouxidão e sensação de vulva envelhecida”.

Contudo, vale destacar que uma das principais queixas é a hipertrofia dos pequenos lábios — motivo da alta busca pela ninfoplastia (cirurgia de estética íntima). Essa condição, entretanto, pode ter causas naturais, como pós-puberdade e pós-gestação, devido ao efeito hormonal dessas fases, ou motivos exógenos, como uso de medicação com hormônios, informa Anamarya Rocha, ginecologista da JK Estética Avançada.

Em casos de hipertrofia dos pequenos lábios, as queixas podem ir além da estética, visto que esse fator pode atrapalhar no quesito funcional. “Tem paciente que não consegue dobrar ou cruzar as pernas, porque a ninfa (pequenos lábios) é grande demais, ou seja, dói, incomoda. Algumas não conseguem ir à praia e colocar um biquíni, nem usar roupas justas”, conta Anamarya.

Como cuidar da estética íntima

Evitar o uso de hormônios sintéticos é a única medida de prevenção de mudanças anatômicas na vulva. Afinal, o envelhecimento é um fator natural e, por isso, não pode ser impedido. 

No entanto, a boa notícia é que todas as queixas podem ser tratadas devidamente com profissionais capacitados na área. “Hoje em dia, há uma infinidade de tratamentos e procedimentos para essa região”, anima Raquel.

A especialista da Human Clinic detalha a função de algumas das opções disponíveis: “A alternativa cirúrgica é a ninfoplastia ou labioplastia, uma cirurgia que consiste em redução ou simetrização dos pequenos ou grandes lábios vulvares. Também conseguimos fazer redução do capuz do clitóris, redução do clitóris, retirada de pintas e correção de cor. Existem também os preenchimentos com ácido hialurônico para caso de falta de volume nos grandes lábios.”

Por fim, Raquel encoraja: “Devemos desconstruir essa imagem da vulva. A vulva é uma parte do corpo, como qualquer outra, que deve ser tratada com carinho, deve ser cuidada e, sim, deve ser submetida a uma melhor estética se essa for uma queixa da paciente.”

Publicado por Isto é

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