Por quanto tempo você deve ficar no sol para adquirir vitamina D?
É importante seguir alguns cuidados simples para evitar queimaduras e doenças de pele
Muito se fala sobre como tomar sol é importante para manter os níveis de vitamina D adequados no organismo. O grande problema é que essa atividade, apesar de ser a principal forma de obter o nutriente, também pode favorecer queimaduras e doenças de pele.
Para evitar complicações, o nutrólogo Carlos Portela, da Human Clinic, recomenda estimular a produção de vitamina D de forma gradual. Por isso, o ideal é tomar sol todos os dias, mas por pouco tempo, cerca de 20 minutos. O período exato vai depender do tom de pele da pessoa, aumentando quanto mais escuro ele for.
A escolha do horário é outro fator que merece atenção, já que entre 10 e 16 horas a incidência de raios ultravioleta é muito alta – o que pode ser prejudicial à saúde.
Já em relação à utilização de protetores solares, os especialistas ainda não têm um consenso, porque o produto pode dificultar a produção de vitamina D. Apesar disso, a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é usar o filtro solarmesmo assim, uma vez que não há como se expor ao sol de maneira segura sem algum tipo de proteção.
Para contornar essa possível desvantagem do protetor, a dica é se bronzear em lugares abertos, pois os vidros de janelas e portas, muitas vezes, prejudicam a síntese de vitamina D por funcionarem como uma barreira para os raios solares.
Existe uma parte do corpo que absorve mais sol para produzir vitamina D?
Quanto o assunto é tomar sol para turbinar os níveis de vitamina D, muita gente se pergunta se existe uma parte do corpo que consegue absorver melhor os raios solares e produzir o nutriente em maior quantidade. Porém, de acordo com os especialistas, esse tipo de absorção acontece da mesma forma em todas as partes do corpo.
Por outro lado, a quantidade de nutriente obtida vai depender do quanto de pele que estiver exposta. Assim, o recomendado é que fiquem descobertos, pelo menos, os braços e as pernas para garantir a produção de uma boa quantia de vitamina D.
Quando recorrer aos suplementos
O sol sempre deve ser priorizado, assim como a ingestão de alimentos com esse nutriente. Porém, nem sempre esses cuidados são suficientes, já que o avanço da idade e algumas doenças podem favorecer a carência de vitamina D.
São nesses casos que a suplementação entra em cena. Ou seja: ela é indicada para pessoas que estão com deficiência desse nutriente ou, então, correm grande risco de desenvolvê-la – o que pode ser avaliado a partir de um exame de sangue ou de uma consulta com um especialista que avaliará os hábitos do paciente e seu histórico de saúde.
“Existem várias abordagens que podem ser utilizadas. O melhor é consultar um especialista para determinar a dosagem correta do nutriente e receber orientações para o tratamento”, aconselha o nutrólogo Carlos Portela.
Perigos da falta de vitamina D
Seguir todas essas recomendações é importante, porque a deficiência de vitamina D pode trazer sérias consequências para o corpo, aumentando o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe, resfriado e doenças autoimunes.
Os seus principais sintomas incluem:
- Imunidade baixa;
- Fadiga sem motivo aparente;
- Dores nas costas e nos ossos;
- Desânimo constante;
- Problemas de cicatrização;
- Queda de cabelo;
- Dor muscular.
Diante disso, é importante ter em mente que tomar sol é muito mais do que uma maneira de se bronzear. Expor o corpo aos raios solares, desde que tendo alguns cuidados, é uma questão de saúde, que faz bem não só para o corpo, mas também para o nosso bem-estar.
Publicado por Minhavida
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